
7) Monitoramento de Fauna

A Importância da fauna na restauração florestal:
Os animais ajudam muito as plantas e as florestas a funcionar bem. Vários bichos, como abelhas, pássaros ou morcegos, levam o pólen de uma flor para outra, fazendo com que as plantas produzam frutos. Outros animais carregam as sementes e deixam elas em outros lugares, o que faz nascerem novas plantas por todo lado.
Mesmo quando os bichos comem ou pisam nas plantas, isso é importante. Eles evitam que uma só espécie de planta vire a dona do lugar, deixando espaço para muitos tipos diferentes crescerem juntos.
Além disso, quando os animais fazem suas necessidades (as fezes), eles colocam nutrientes no solo, deixando a terra mais rica e boa para novas plantas crescerem. Tudo isso ajuda a manter a floresta cheia de vida e com muita variedade de espécies.
A atração da fauna para áreas em restauração:
Como os animais são muito importantes para que a natureza funcione direito, é essencial que eles estejam presentes nas áreas que estão sendo recuperadas. Para atrair esses bichos para os locais em restauração, podemos plantar árvores e arbustos que dão frutos pequenos e gostosos, como as grumixamas, que servem de alimento para eles.
Também dá para usar poleiros e ninhos artificiais, que atraem pássaros para descansar ou fazer seus ninhos e ter filhotes. Mas isso só funciona se já existem animais vivendo perto da área restaurada.
Quando as espécies de animais desaparecem desse lugar e não voltam por conta própria, é possível trazer esses bichos de novo para o local, num processo chamado reintrodução de fauna.
Como saber se a fauna está utilizando as áreas restauradas?
Quando vemos que os animais estão voltando para uma área restaurada, isso mostra que o processo de recuperação está dando certo. Para confirmar isso, é feito o monitoramento da fauna, que serve para descobrir quais espécies estão usando o lugar e com que frequência.
O monitoramento pode ser feito de formas diferentes. Existem métodos diretos, em que a gente observa os animais, e métodos indiretos, em que olhamos os rastros que eles deixam, como pegadas, fezes ou ninhos. A escolha do método depende do que se quer estudar e do grupo de animais escolhido.
Se a ideia é só saber quais espécies aparecem, podem ser usadas câmeras automáticas, chamadas de armadilhas fotográficas. Elas têm sensores de calor e movimento e tiram fotos toda vez que um animal passa perto.

Se o objetivo é estimar a quantidade de animais que usam uma área, é comum capturá-los e marcá-los, normalmente com anilhas ou brincos numerados, e soltar de volta depois.
Para aves e morcegos, usam-se redes bem finas (redes de neblina), colocadas entre a vegetação para pegar os bichos em voo. Mamíferos (animais com pelos) podem ser capturados em armadilhas de metal com alguma isca de comida. Quando os animais entram, a porta se fecha, permitindo que sejam marcados e soltos novamente.
Assim, é possível acompanhar de perto como a fauna está utilizando a área restaurada.
