Resultados da pesquisa
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- Levantamento de Fauna
Luísa Genes, doutoranda da Universidade de Stanford, nos EUA, juntamente com Ângelo Correia (Esalq/USP), especialista na identificação de plantas, sementes e frutos da Mata Atlântica, estudam a dieta das antas em apoio ao programa local de reintrodução para esta espécie liderada pela Refauna. Desde que as antas foram soltas na REGUA, esses pesquisadores têm nos ajudado a entender mais sobre a dieta das antas durante a transição para sua nova vida na reserva. Hoje eles caminharam pela floresta com o guarda florestal da REGUA, Rildo, documentando as sementes e frutos presentes nas matas da REGUA e cruzando estes dados com a análise do conteúdo de amostras fecais da dieta das antas locais. Um objetivo principal é verificar em que consiste a dieta das antas liberadas e se ela muda ao longo das estações.
- Antes e Depois
Como parte da estratégia de compra de terras da REGUA para conservação da bacia hidrográfica do Guapiaçu, a área do “km 12” foi adquirida em 2021 com o generoso apoio da Boden Company. Sete hectares de terras degradadas foram restaurados (com mais de 100 espécies diferentes de Mata Atlântica cultivadas no viveiro da REGUA) por meio do Projeto Guapiaçu. A iniciativa de restauração do Km 12 da REGUA foi incluída na campanha nacional “Bosques da Memória” que consistiu no plantio de árvores nativas em memória dos perdidos pela Covid-19 e em agradecimento aos profissionais de saúde da linha de frente que trabalham no Brasil. Uma floresta jovem, saudável e vibrante se está desenvolvendo para a posteridade sob a supervisão da REGUA .
- Reintrodução de Antas
Na última sexta-feira, 20 de janeiro, três novos filhotes de anta chegaram à REGUA vindos de dois zoológicos diferentes do Estado de São Paulo! Não poderíamos estar mais felizes com a chegada deles! O programa de reintrodução de antas começou em 2017, liderado pelo grupo Refauna, e já são 6 filhotes de anta nascidos na natureza, aqui na Reserva! Este programa tem sido muito bem sucedido graças ao apoio de várias organizações parceiras como Asa Socioambiental, Projeto Guapiaçu, Bio Parque Rio, Zoo Rio Preto e Parque Ecológico São Carlos. Viva as antas!
- Parceria - Mitsubishi patrocinará ações de educação socioambiental na REGUA a partir de 2024
No dia 02/08 oficializamos a parceria da REGUA com a Mitsubishi Corporation (MC), que patrocinará ações de educação socioambiental a partir de 2024. O evento contou com a presença do Sr. Yoshiteru Kawai, Diretor Vice-Presidente Executivo da Mitsubishi Corporation do Brasil S.A. (MCB) e Gerente Geral da Filial do Rio da MCB, do Sr. Atsushi Sakurai, Diretor Gerente do Departamento de Coordenação da MCB e da Sra. Saori Matsubara, Gerente do Departamento de Coordenação da MCB. Membros da comunidade japonesa do Kaikan (clube) de Papucaia também estiveram presente, entre eles, o Sr. Suketoshi Beppu, Sr. Hideo Ochi, Sr. Hideo Yamawaki e a Sra. Vivian Nakayama, que enriqueceram o encontro apresentando a história desta colônia na região. Representantes do governo municipal, também marcaram presença. Estiveram presente a Vice-prefeita Patrícia Coelho, o Secretário de Governo Fábio Luciano, o Secretário de Educação Osório Luiz, o Secretário de Meio Ambiente Loir Gonçalves e o Vereador Lucas Stutz, para assinar junto à Secretaria de Educação, o termo de cooperação técnica. Os Jovens-Guardas também apresentaram uma exposição de artes manuais com papietagem e papel machê para os convidados. A REGUA está feliz com a oportunidade e torcendo para que venham muitos frutos.
- O Bacurau Comum
O bacurau-comum ( Nyctidromus albicollis ) é de fato uma das aves noturnas mais comuns que ouvimos quando caminhamos por nossos caminhos à noite. Rubis de luz refletem os faróis do nosso carro avisando que ele está no caminho logo à nossa frente. O chamado característico do Bacurau é distinto, assim como seu voo circular para pousar. No entanto, para onde ele vai durante o dia? O Bacurau Comum é muito bem camuflado no folhedo da floresta. Ocasionalmente, temos a oportunidade de ver um par de ovos ovais brancos fantasmagóricos em miniatura no chão da floresta sem evidência de um ninho. Que pássaro interessante e enigmático, não é verdade!
- II Encontro Científico da REGUA
O II Encontro Científico da REGUA foi apresentado de maneira virtual dos dias 21 a 23 de julho de 2021. Os assuntos foram divididos em Fauna, Flora, Monitoramento e Planejamento Ambiental, Restauração Ecológica e Saúde e Meio Ambiente. Foram convidados a participar os pesquisadores que estão realizando seus trabalhos aqui na REGUA, assim como pesquisadores que já terminaram suas pesquisas, além de pesquisadores e palestrantes relacionados aos órgãos ambientais e membros de outros projetos apoiados pelo programa Petrobrás Socioambiental, que fazem parte da REDAGUA – Rede de Conservação pelas Águas da Guanabara. O evento foi um desafio para todos, especialmente porque tudo foi feito de maneira remota e transmitido ao vivo pelo canal do Youtube do Projeto Guapiaçu. Mesmo assim, tivemos muita interação através do chat (caixa de diálogo no canal Youtube) durante as apresentações. Além dos palestrantes do dia, 35 vídeos de demais pesquisadores foram disponibilizados neste canal (https://www.youtube.com/c/ProjetoGuapia%C3%A7u/playlists). Tivemos a contribuição de muitos trabalhos interessantes! Um deles diz respeito ao estudo de alternância do estado dos nossos wetlands, que têm apresentado águas mais turbas devido à presença de algas do tipo Euglena sanguinia, que podem produzir um tipo de toxina prejudicial aos peixes. Essa alga também impacta o desenvolvimento de uma macrófita submersa, a Egeria densa que tem um papel importante no equilíbrio dos ambientes aquáticos, pois além de produzir oxigênio – que é liberado na água, serve de alimento para muitas espécies de peixes, aves e mamíferos. Além disso, funciona como abrigo para microrganismos planctônicos – micro-crustáceos e alguns tipos de moluscos. Um outro trabalho bacana nos mostra a constância ao longo de 10 anos de pesquisa sobre as diversidade de quirópteros (morcegos) presentes na REGUA. No bioma Mata Atlântica existem 78 espécies de morcegos e na REGUA já se somam 43 espécies. Em geral, os morcegos contam com uma eco localização bastante apurada, que os fazem perceber as redes de neblina com muita facilidade. Já os morcegos insetívoros, contam com uma sensibilidade ainda maior, tornando-os mais difíceis de serem capturados, e por isso, os esforços de inventário devem continuar. Outra iniciativa interessante é o Biocenas – Núcleo de Fotografia Científica Ambiental –, que vem coletando imagens dinâmicas e estáticas na REGUA desde 2010, com o objetivo de utilizar a percepção visual como forma de aproximar o homem com o meio que o cerca. O acervo conta com 4.500 imagens e este material tem sido identificado e disponibilizado para fins de educação e pesquisa, além da compreensão da biodiversidade local. Recentemente foi publicado o Guia de Campo da Biodiversidade da Fauna na Reserva Ecológica de Guapiaçu. Temos outras diversas contribuições que serão apresentadas regularmente através das nossas mídias sociais, que confirmam a importância da REGUA em estar incentivando a pesquisa na região. Agradecemos à Equipe do Projeto Guapiaçu por ter organizado este incrível Encontro Científico e espero que todos tenham aproveitado este pequeno espaço de conhecimento. Data: 12/08/21
- Ithomiini: as borboletas da Mata Atlântica gulosas por plantas toxicas
O mimetismo é um fenômeno muito estendido na Natureza, onde algumas espécies imitam os padrões morfológicos e cromáticos de outras, se beneficiando de alguma forma de proteção em virtude dessa semelhança com o modelo. Habitualmente, este possui alguma característica física ou bioquímica que o torna detestável aos predadores. No caso das borboletas, geralmente trata-se da presença de substâncias tóxicas (habitualmente alcalóides) e/ou impalatáveis no organismo dos modelos. Nas Américas existe uma tribo endêmica da subfamília Danainae de Nymphalidae: as borboletas Ithomiini, cerca de 350 espécies – muitas delas apelidadas popularmente de ‘vidrinhos’ devido a transparência de grande parte da superfície das asas – onde a maioria participa de anéis miméticos entre si e com outros lepidópteros, incluindo a subfamília Heliconiinae e algumas mariposas diurnas. Na maioria dos casos. os compostos químicos envolvidos das borboletas tóxicas de “gosto ruim” (impalatáveis) são incorporados no estágio de larva a partir das plantas onde se alimentam. No caso dos ‘vidrinhos’ as plantas usadas pelas larvas são Apocynaceae em parte (uma fonte compartilhada com a tribo Danaiini) mas a maioria se alimenta de Solanaceae, família botânica onde se incluem legumes populares como tomates, batatas, berinjela e jiló. No entanto, bastantes espécies sequestram esses compostos alcalóides já na fase adulta; especialmente os machos sugam alcalóides das flores e raízes de arbustos, lianas ou arvoretas da familia Asteraceae ou folhas secas em decomposição de Boraginaceae. Por ocasião do recorrido efetuado em um dos transectos para monitoramento de borboletas (trecho da Trilha Amarela) recentemente roçado para manutenção, pude observar ao longo de uma semana como grupos de várias espécies de ‘vidrinhos’ se congregavam sobre raízes de um arbusto Eupatorium (Asteraceae) – especialmente no início da manhã e a tardinha – tal como exemplificado na foto. As espécies observadas sequestrando alcalóides dessas raízes expostas foram as seguintes: Episcada striposis , Episcada sylvo , Hypothiris ninonia daeta , Hypothiris euclea lapria , Ithomia agnosia zikani , Ithomia drymo e Pseudoscada erruca. Data: 17/08/21
- Mudanças taxonômicas nos Sphingidae brasileiros
Em 2011, a REGUA publicou seu primeiro guia de de campo, Guia dos Sphingidae da Serrados Órgãos, Sudeste do Brasil , que descreveu e ilustrou as 110 espécies que podem ser encontradas nessa área. No entanto, desde então, ocorreram uma série de mudanças taxonômicas abordadas e compiladas num artigo abrangente recentemente publicado no European Entomologist (Vol 11, No 3 + 4) por J. Haxaire e C. G. Mielke que fornece a lista mais recente de todas as espécies que ocorrem no Brasil, mas introduzindo também várias espécies novas. Todas essas espécies foram atualizadas no site Hawkmoths of Brazil , mas de particular interesse para a área da REGUA são: Uma nova espécie Protambulyx pearsoni foi separada de P. sulphurea e a substitui na Serra dos Órgãos. Uma nova espécie, Manduca exiguus , foi separada de M. contracta e foi registrada para o Estado do Rio de Janeiro, mas que se saiba ainda não encontrada na Serra dos Órgãos. Manduca paphus é agora reconhecida como uma espécie distinta e foi separada de M. sexta. Nyceryx nephus foi elevado ao status de espécie com base em um único espécime coletado em Cachoeiras de Macacu. Isognathus brasiliensis foi separado de I. swainsonii e o substitui na Serra dos Órgãos e sudeste do Brasil. Eumorpha orientis é agora reconhecida como uma espécie distinta, tendo sido separada de E. obliquus . Xylophanes reussi foi separado de X. marginalis , mas ambos parecem compartilhar a mesma distribuição geral. Uma nova espécie Xylophanes crenulata foi separada de X. ceratomioides . Acredita-se que apenas X. crenulata ocorra na Serra dos Órgãos. Duas novas espécies Xylophanes alineae e X. soaresi foram separadas de X. porcus continentalis, sendo ambos encontrados na Serra dos Órgãos. Aparentemente, é provável que Errinyis ello se dividida também em duas espécies distintas: o tipo que se alimenta principalmente de mandioca chegando a ser praga desta cultura e o tipo que vive na floresta, e todo o complexo grupo do genero Nycerx também está sob análise. Data: 26/11/21
- Um feliz 2022 a todos!
Retrospectiva do nosso ano de atividades! Foi desafiador para todos, mas chegamos até aqui agradecidos por todas as oportunidades e experiências vividas. Que o ano 2022 comece sorrindo para todos nós! Agradecemos a todos os que apoiam e desejam ver a REGUA seguir em frente! Data: 31/12/21
- Uma segunda chance ao Macacu!
O monitoramento é parte essencial da reintrodução. As fotos das armadilhas fotográficas mostraram que a anta Macacu, reintroduzida em outubro passado, estava muito machucada, com marcas de briga com outras antas. Decidimos colocar o Macacu novamente em um cercado de aclimatação para tratamento, onde passou um mês para tratar bicheiras, cicatrizar as feridas e ganhar peso, com orientação do veterinário Jeferson Pires e cuidado da equipe e do tratador Sidnei. O Macacu se recuperou bem, teve alta e voltou para as matas da REGUA. Ele continuará sendo monitorado de perto para termos certeza que vai ficar tudo bem com ele. A reintrodução das antas no estado do Rio de Janeiro é uma iniciativa do Refauna, com coordenação técnica do Laboratório de Ecologia e Manejo de Animais Silvestres (LEMAS/IFRJ) e Joana Macedo, em parceria com REGUA e o Projeto Guapiaçu, que conta com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, e Asa Socioambiental, que conta com patrocínio da Eletrobras Furnas. Data: 25/01/22
- Plantio de mudas no dia Internacional da Mulher
Na semana passada, iniciamos o plantio em uma área de um hectare no Sítio Recanto Feliz, propriedade da família Prohmann, onde também se encontra a sede da empresa ActionShop Serviços Ambientais (tratamento de efluentes). Contamos com a presença do casal Arthur e Mary e sua filha Liliane, que colocaram a mão na massa promovendo o plantio de espécies significativas e simbólicas da Mata Atlântica como Jequitibás, Ipês e Quaresmeiras (familias Lecythidaceae, Bignoniaceae e Melastomataceae respectivamente). Além da ação consciente e de grande preocupação com as gerações futuras, Arthur Prohmann presenteou a equipe da REGUA ao recitar um poema de sua autoria, homenageando o dia internacional das mulheres e o meio ambiente. A atividade de restauração florestal realizada no Sítio Recanto Feliz está sendo possível por meio de uma parceria entre a REGUA e a WWF-Brasil. Data: 14/03/22
- Conheça as borboletas Monarca e Rainha
Estas borboletas de viva coloração vermelho-tijolo com listras pretas brilhantes e um número variável de pontos brancos pertencem à subfamília Danainae dos Ninfalídeos. A maioria dos gêneros desta família voa na África tropical e nas regiões Indo-Australásicas, onde se apresentam principalmente de cor negra-marrom, creme ou branco-esverdeada. No entanto, o cosmopolita gênero Danaus apresenta mais espécies nas Américas e se compõe majoritariamente de espécies vermelho-alaranjadas, com algumas exceções no Velho Mundo. São borboletas migratórias de vida longa, sendo a borboleta Monarca mundialmente famosa por suas migrações anuais em massa entre o Canadá e a região central do México. Essas borboletas são um modelo popularizado entre os pesquisadores que estudam as relações bioquímicas entre insetos e plantas devido à facilidade de criá-las em grande número em laboratório. As espécies de Danaus retêm alguns dos compostos químicos secundários tóxicos de suas plantas hospedeiras que as protegem de predadores durante sua vida adulta. A pesquisadora Daniela estuda essas relações há décadas, desde seus tempos na UNICAMP junto ao grupo especializado nessas interações inseto-planta de lá. Há um par de anos que se mudou para a UFRJ no Rio de Janeiro tendo continuado suas pesquisas na REGUA e regiões vizinhas onde tanto Danauserippus como D. gilippus (ligeiramente menor e com mais pontos brancos) são residentes comuns. Suas larvas se alimentam localmente de “Milkweed” (Asclepias curassavica), uma planta herbácia perene que ocorre em áreas ensolaradas ao longo de estradas, trilhas e bordas de campos de lavouras. Recentemente, uma espécie exótica de Asclepias colonizou algumas áreas litorâneas do Brasil levantando algumas questões, pelo que Daniela agora está testando o desempenho das larvas de Danaus erippus se alimentando nesta planta, em termos de nutrição, taxa de crescimento e sobrevivência das larvas. Data: 30/05/22












